segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Da Minha Solidão























Arthur Schopenhauer já dizia: “A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais”.

Por alguma razão que deve estar escondida nas entranhas do meu ser, a solidão me é uma companheira tão fascinante quanto à presença de pessoas afáveis. 

Sou apaixonado por gente, gosto de compartilhar meus momentos com aqueles que amo, especialmente com os cúmplices rss. Pra mim, são as pessoas que dão sabor, sentido e cor a nossa existência, e isso é divino; mas quem disse que estar sozinho é de fato estar só? E quem falou que o contrário também é verdadeiro? Existe muita gente rodeada de pessoas, porém carregando um isolamento mórbido em seu ser. 

Eu não penso que solidão precisa ser sempre acompanhada de melancolia e pré-disposição para reações depressivas, não; um retiro solitário na verdade pode ser uma oportunidade de vários encontros, com você mesmo e com inúmeras pessoas que não tem oportunidade de lhe interpelar enquanto está no meio da multidão e dando atenção a inúmeras solicitações. 

Quando foi a ultima vez que você bateu um papo franco e sincero com você mesmo? Sua própria companhia lhe é bem vinda ou você prefere fingir que és irremediavelmente uma pessoa indivisível e incapaz de estabelecer um auto diálogo?

Por outro lado, existem experiências, pessoas e vozes que só terão oportunidade de despertarem dentro de você na solitude, e todas elas têm uma importância singular na sua jornada de desenvolvimento e amadurecimento para seu bem-estar integral. 

A solidão também é parceira da sua mais íntima autenticidade. Aquilo que você não tem coragem de fazer (ser feliz, por exemplo) na frente das pessoas – por timidez ou vergonha - no momento solitário você desprende-se do pavor do olhar especulativo dos outros e por um momento vive a arte de ser criança, entregando-se aos ritmos dos seus instintos mais legítimos.  

Quero sim, sempre que preciso for, bailar com a solidão. Quero fechar os olhos e abrir meu coração - para vozes esquecidas, experiências não significadas, melodias despercebidas e sabores inexprimíveis - sem medo de SER. 

Léo Dias

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