quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Pouco (Exato) Perfeito


Definitivamente estou convencido; é falso o estigma de que pra ser perfeito e exato, algo deva ser necessariamente transbordante, macro, amplo ou imenso.. Não, descobri que no pouco também há perfeição, e a força do pleno encanto pode estar exatamente aí.

Faça um esforço, dê um passeio no seu banco de dados, e tenho certeza que encontrarás experiências que lhe marcaram justamente devido sua efêmera brevidade. Quando esse tipo de tentame acontece, a principio o gostinho de bis deixado em nossos cinco (ou mais) sentidos, nos envia uma mensagem de insatisfação frustrante, até porque, tudo em nós pede mais, porém após dado o descanso e repouso devido a estes, vem o momento do alívio reflexivo que nos faz recordar com riqueza de detalhes os momentos indeléveis vivenciados a cada segundo.

É aí que você percebe que o tempo, apesar de aparentemente curto, foi perfeito, pois descobre que não é a quantidade de tempo que decidirá se um momento se eternizará em você ou não, e sim, sua intensidade.

Entende que não é a quantidade da sua doação que lhe fará sentir-se realizado, mas sim o quanto esta arrancou do outro um nível idêntico de reciprocidade.

O mais interessante, é que a partir dessas descobertas, você se ver um ser desprendido de egoísmo e ganância sentimental, pois após desvendar que o pouco pode ser (exato) perfeito, você só quer uma coisa... Celebrar a mística do contentamento.

Então eu agora decidi, vou correr, nadar, comer, beber, amar e viver, sem relógio. Não preciso do cronometro, pois já sei que alguns segundos serão eternos e outros anos serão como uma lufada de vento num colibri.

Então é isso, pra algo, alguém, ou um momento ser eterno, intenso, infinito e perfeito em nós, as vezes basta experimentar só um pouquinho.  rs..

Léo Dias 

2 comentários:

  1. Não busque essa coisinha que falta!!! Vc é ótimo imperfeito!!! rsss
    Aahh... E adorei a ideia de mais de 5 sentidos... concordo perfeitamente!!! Eu tenho mais do que 5, com certeza!!! hahahahaa

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  2. Não sou fã de brevidades, pois qu~e me inundo de intensidade...Preciso de tempo, preciso de mais, sempre...Por isso não curto relógios...Mas, como sempre, a vida tem me dado algumas brevidades...=/
    No mais, perfeita elucubração querido Léo!Bjos.

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