quarta-feira, 22 de junho de 2011

¿e quando...?!


E quando o medo se vai...?!

E quando eleva-se o desejo...?!

E quando o tempo desacelera...?!

E quando nada tem sentido...?!

E quando tudo é intuição...?!

E quando sentimentos se dissolvem...?!

E quando só há duvidas...?!

E quando dói...?!



É aí que sinto aroma de vida. 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Relacionamento : Arte de lembrar e esquecer – Parte 2

 Lembrar somente não será suficiente para que a relação dure muito tempo. Como tudo na vida, precisamos ter flexibilidade e habilidade para sabermos a hora e o tempo das coisas e, também, saber que a vida não é tão linear como parece, é preciso saber esquecer também. Descobri isso quando li que a memória é o estômago da mente. Para ali vão às comidas mais variadas, umas saborosas e de digestão fácil, outras amargas e impossíveis de serem digeridas. Quando isso acontece, o corpo se contorce e enjoa, e coisa alguma é capaz de fazê-lo feliz. Até que o próprio corpo se aplica o remédio, vomita, e assim se livra da comida que o fazia sofrer. Memória, estômago: há nela coisas que precisam ser vomitadas, para que corpo possa de novo se alegrar. Pois o esquecimento é a memória vomitando o que faz o corpo sofrer. 

É preciso esquecer para poder ver com clareza. É preciso esquecer para que os olhos possam ver a beleza. As Sagradas Escrituras contam a saga da mulher de Ló. Deus permitiu que o casal fugisse das cidades amaldiçoadas de Sodoma e Gomorra sob a condição de que não olhassem para trás, enquanto o fogo do céu as consumia. A mulher não resistiu à curiosidade, olhou para trás, e foi transformada em estátua de sal. Quem fica com os olhos fixados no passado de forma totalitária, se torna incapaz de ver o presente. E quem não tem olhos para o presente está morto.
Alberto Caeiro diz que o essencial é saber ver/ uma aprendizagem de desaprender/ Saber ver sem estar a pensar/ Saber ver quando se vê/ Ver com o pasmo essencial que tem uma criança, ao nascer/ Sentir-se nascido a cada momento/ para a eterna novidade do mundo... 
O desafio que esta diante de nós é o de sempre aprender um com o outro, e conseqüentemente com a vida. Repetindo uma palavra que amigo meu gosta muito de dizer; sejam ensináveis. Aprendam novamente e, quem sabe, desaprendam para aprender. Ouçam o conselho de um sábio escritor que disse: Tomem um banho. Deixem a água correr pelo corpo... Sentir os detritos do passado se despregando, e entrando pelo ralo. Recuperar o corpo sem memória da criança, para ver o mundo como se fosse à primeira vez... 
Li uma parábola de uma casa que tinha sido pintada inúmeras vezes e, que quando se raspava uma camada de tinta iam aparecendo outras e mais outras, até chegar à pintura de origem. Assim somos nós, cheios de camadas de pinturas que a vida nos impõe. Precisamos ajudarmos mutuamente a tirar as camadas um do outro, para de fato saber quem somos, pois tenho certeza que gostaremos de nos conhecermos na essência. Somos criação de Deus, com capa cascuda do mundo, cheios de preconceitos, artimanhas e maquinações que camufla a nossa beleza interior. 
Entendam que o passado determina o futuro, mas não no sentido de ser repetido, mas lembrado, ou quando necessário esquecido. Acredito que todos nós temos muitas coisas que gostamos de lembrar, e algumas que queremos esquecer para seguir em frente. Assumindo ou não, sempre será assim. Esquecer, podemos considerar como um conjunto de Rés, parecendo uma nota musical: Ré - fazer, ré - pensar, ré – analisar, ré – conhecer, ré – construir, e até mesmo perdoar, o que muitos de nós precisamos aprender novamente a fazer, e sempre precisaremos disso. 
Dito tudo isso, digo a todos que vão em frente, sejam felizes. Amem-se, vivam. Não sejam tímidos, pois como diz o ditado: O amor é lindo, ou seja, torna tudo lindo. Não aceitem conselhos pessimistas, principalmente de quem acha que sabe alguma coisa, pois estamos todos neste mundo de meu Deus aprendendo, sempre aprendendo. Sei que sabemos o que precisamos esquecer e com certeza não será do outro, pois a saudade não deixará. Segundo Ruben Alves: No buraco da saudade mora a memória daquilo que amamos, tivemos e perdemos: presença de uma ausência.
Para concluir, peço que vivam intensamente, vivam o que Drummond chama de Inconfesso Desejo,ler poesia, pois o tempo urge, foge. Como já dizia o tio de um amigo meu: 
Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será. R. Alves
Isso aqui só foi um dos meus devaneios, tenho isso de vez em quando, e encontrei um doido que teve coragem de publicar... Rsrsrsrsrsrsrs. Saibam que não é nenhum texto bem elaborado para ser publicado, e sim um diário pessoal, ou era né? Quem sabe uma homenagem a você do dia dos namorados?! kkkkkkkkkk.


Jefinho Silva

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Relacionamento: Arte de Lembrar e Esquecer - Parte 1

 O acontecimento milagroso de Jesus em um casamento marca o início de suas ações miraculosas, e, constantemente nos lembramos dele quando estamos diante de tal acontecimento. A Bíblia nos desafia a sempre nos lembrarmos dos atos do passado para trazer luz aos acontecimentos do presente, confesso que gosto muito dessa face bíblica. Lembro-me agora da celebre frase de Jesus ao celebrar a ceia; Fazei isto em memória de mim, ou seja, lembrem-se.

Lembre-se também que Jesus foi um dos convidados para esta festa. E ele não somente se divertiu com os noivos, mas, foi fundamental na manutenção da relação, ou seja, se vocês convidarem Jesus para a festa de casamento de vocês, digo a relação, ele estará disposto a transformar novamente a água em vinho quando necessário para que esta festa não acabe. 

No casamento, ou na relação, o processo não deve ser diferente. Posso imaginar as sagradas escrituras da vida dizendo para dois que se amam; lembrem-se. Lembrem-se do dia em que se conheceram; lembrem-se do dia em que descobriram que havia um pouco mais em vocês dois do que somente amizade; lembrem-se do primeiro beijo; da primeira saidinha; lembrem-se da primeira declaração de amor; lembrem-se da primeira promessa; lembrem-se dos momentos que passaram juntos; lembrem-se do olhar que disse o que um significava para o outro; lembrem-se um do outro; Esta aí o primeiro desafio. 

Abro um parêntese para falar sobre o olhar. Segundo Ruben Alves, nós “amamos uma pessoa não pela beleza que existe nela, e sim pela beleza nossa que aparece refletida nos olhos dela” (Rubem Alves).

Gosto de contar casos, que é um jeito de dar aos outros pedaços da minha vida que o tempo já matou e enterrou, mas que a maga memória faz ressuscitar. Disse Adélia Prado: Aquilo que a memória amou fica eterno, e eu não me canso de repetir. A memória é a presença da eternidade em mim. 

Ainda falando de memória, certo homem na Bíblia disse que é nela que moram os segredos da vida e da morte. O povo de Israel é conhecido como um povo que anda pra frente, mas olhando para trás, pois eles não cansavam de repetir; O Deus que nos tirou da terra do Egito, da terra da escravidão; O Deus de Abraão, Isaque e Jacó; O Deus que fez... Tudo isso, nada mais é do que lembrar-se para seguir adiante.

Enfim, o desafio de lembrar-se esta diante de nossos olhos, da vida, do relacionamento, enfim, de tudo. Lembrem-se, lembrem-se, e lembrem-se. rsrsrsrs

[Continua...]

Jefinho Silva
Web Analytics